O executivo-chefe da Volkswagen começou uma coletiva de imprensa em 15 de março nos mesmos moldes do “Dia da Bateria” da Tesla – Diess chamou o evento da VW de “Dia da Potência” – ao declarar que só há um jeito de reduzir depressa as emissões dos meios de transporte: migrando para o modelo de carros elétricos.
Neste ano, a VW planeja entregar um milhão de veículos híbridos plugáveis e totalmente elétricos, e Diess busca ultrapassar a Tesla em número de vendas de EVs (veículos elétricos, na sigla original em inglês) até 2025, no pior dos cenários. Alguns analistas preveem que isso deve acontecer muito antes.
EVs estão mudando de algo que parecia uma banda de um homem só para um festival com um palco cada vez mais cheio. Embora a VW tenha tantas chances quanto qualquer outra montadora de disputar o palco principal com a Tesla, o que está menos evidente são as atrações.
A Tesla está fazendo com o setor automobilístico o que a Netflix fez com a TV a cabo, acelerando a migração dos motores de combustão externa do mesmo modo que o acesso fácil a Breaking Bad e centenas de outros shows estimularam consumidores a passar a tesoura em seus contratos da Comcast (operadora de TV a cabo dos EUA).
Diess não tem planos de pisar no freio. Mesmo que os primeiros modelos da plataforma atual estejam começando a ser lançados, a VW vem desenvolvendo incansavelmente um conjunto separado de peças padrão para veículos elétricos da Audi, Porsche e outras de suas marcas de luxo.
A versão premium da plataforma promete tempos de carga mais rápidos, distâncias mais longas e aceleração maior do que os modelos de primeira geração. Até o meio da década, a VW diz que terá um sistema único e escalável para atender todos os carros movidos a bateria da empresa – não importa a marca ou segmento –, já que a meta da VW é vender 26 milhões deles nos próximos dez anos.