Pela primeira vez na história, uma geração inteira de sessentões terá pela frente a tecnologia como uma aliada da rotina. Por mais que a internet, as redes sociais e os gadgets pareçam, à primeira vista, destinados especialmente aos mais jovens, estudos recentes mostram que a turma sênior nunca esteve tão aberta às inovações trazidas pelos novos tempos. Não é exagero dizer que os sessentões e seus pares mais velhos são digitais hoje em dia.
De acordo com o levantamento, 75% dos idosos com acesso à internet fizeram alguma transação on-line no ano passado, um recorde. A maioria delas aumentou a permanência na internet e nas redes sociais durante a pandemia, além de consumir mais streaming e itens on-line.
Poucas atividades despertaram tanto o apetite dos mais velhos quanto o comércio eletrônico. Segundo a plataforma digital Supermercado Now, especializada em delivery de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e tudo o que pode ser encontrado nas gôndolas, o número de usuários acima de 60 anos aumentou 1 575% em 2020, mais do que qualquer outra faixa de idade. Um dos alunos é Osvaldo Santana e Silva, psicólogo de 68 anos, de Brasília, que começou a frequentar o curso no início da pandemia.
Um exemplo é o fato de idosos serem mais suscetíveis a fraudes conhecidas como o phishing, método que se baseia na tentativa de obter dados pessoais por meio do envio de links falsos ou mensagens mal-intencionadas. De acordo com um artigo publicado recentemente na revista científica Science Advances, indivíduos acima de 65 anos são mais propensos a divulgar notícias falsas — em geral, isso ocorre porque não sabem identificar fontes confiáveis na internet.
A ciência demonstrou em inúmeros tratados os benefícios irrefutáveis da inclusão digital. A tecnologia também pode ser uma fonte de independência ao permitir a realização de compras, transferências bancárias e interações sociais pelo celular ou computador, mesmo para aqueles com dificuldade de locomoção.
Fonte:
Veja;