Quando o Spotify abriu o capital em abril de 2018, Daniel Ek estava batalhando com essa questão há mais de uma década: como a empresa ganharia dinheiro? O empresário sueco tirou o negócio da música de 15 anos de queda nas vendas com um aplicativo de música on demand com retorno de 70% para o detentor dos direitos.
A empresa trabalhava apenas com três gravadoras e, por isso, decidiu testar o recurso onde os artistas não precisavam de gravadoras – o rapper Noname, de Chicago foi um dos primeiros a adotar esse recurso – com isso o artista ganha mais royalties e o Spotify capta mais dinheiro.
Quando o Spotify decidiu investir nos podcasts?
Courtney Holt achava que um vídeo pequeno resolveria os problemas de dinheiro do Spotify. Ele viu de perto a crescente audiência de vídeos e pensou que o Spotify poderia criar uma página Discover como no Snapchat, onde séries originais ficam ao lado de vídeos.
A equipe de Holt começou a obter licenças de milhares de criadores. Os engenheiros construíram uma tela inicial no aplicativo para podcasts, criando uma página de destino e copiando recursos do serviço de música, como listas de reprodução personalizadas.
O programa de Budden era popular antes do envolvimento da empresa e conquistou um grande número de seguidores no aplicativo.
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O investimento descomunal do Spotify em podcasts quase garante que ele substituirá a Apple como o distribuidor número 1 do mundo.
Ek assegurou aos investidores um futuro no qual programas como os de Rogan e da realeza britânica reduzem a dependência do Spotify à gravadoras e o conduzem à lucratividade. Essa negociação deu a ele tempo para cumprir essa promessa: o preço das ações da empresa mais do que dobrou em 2020, melhorando seu valor de mercado de cerca de 27 bilhões de dólares para mais de 60 bilhões de dólares.