A vacina do covid-19 da Pfizer consegue prevenir casos graves com grande eficácia além de poder induzir uma resposta imune forte o suficiente para evitar que as pessoas vacinadas contraiam a doença e possivelmente impedir as pessoas de transmitir a doença para outras pessoas. É o que revela uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18).
O estudo foi feito por pesquisadores do Sheba Medical Center de Israel, onde foi analisada a resposta imunologica de 102 pessoas vacinadas. Deste total, 100 pacientes desenvolveram até 20 vezes mais anticorpos após a segunda dose, comparado a pessoas recuperadas de casos graves.
Os pesquisadores acreditam que as quantidades mais elevadas de anticorpos impedem o vírus de infectar as células e se replicar o suficiente para contaminar as pessoas vacinadas, prevenindo assim a transmissão dele.
Pesquisa pioneira
Até o momento, os cientistas apostavam apenas na prevenção dos quadros mais graves e na redução do número de mortes, pois não sabiam se as vacinas eram capazes de parar a transmissão do Sars-CoV-2. Nem mesmo a Pfizer ou as demais fabricantes divulgaram dados apresentando como seus imunizantes afetam a propagação da doença.
Conforme a diretora da unidade de epidemiologia do Sheba Medical Center Gili Regev-Yochay, líder do estudo, os resultados estão alinhados com a experiência da farmacêutica e são “ainda melhores do que o esperado”.
Apesar do otimismo da cientista, são necessários estudos adicionais para confirmar que as pessoas imunizadas com a vacina da Pfizer não espalharão o coronavírus, segundo o The Jerusalem Post. Os pesquisadores também querem saber quanto tempo dura essa imunidade.