Um laboratório de inteligência artificial de Londres chamado DeepMind, afirmou no dia 30, ter solucionado um dos grandes mistérios da ciência contemporânea. O DeepMind afirma ter descoberto como as proteínas se dobram para desenvolver seus formatos.
Proteínas se dobram e mudam de formato rapidamente. Por causa dessa característica, é um problema complexo desenvolver medicamentos que ataquem a função proteica de vírus e bactérias.
A DeepMind afirma ter conseguido solucionar o mistério utilizando uma ferramenta chamada AlphaFold. A tecnologia é revolucionária justamente aí: conseguir esse feito para algo que intriga cientistas há 50 anos. Frequentemente leva décadas para entender o comportamento de algumas proteínas.
A divulgação é ainda mais impactante porque tange também inovações no campo da computação: há 25 anos que pesquisadores da área surgiram com uma métrica para avaliar quão próximo um computador estaria de solucionar a questão.
Este ano, a capacidade computacional do projeto foi tão alta, diante de iniciativas para entender as proteínas do Sars-Cov-2 que ele se tornou o “computador mais potente do mundo”, com 3,5 milhões de computadores conectados. Ainda assim, muitos cientistas acreditam que uma máquina ainda levaria anos para conseguir decifrar a questão utilizando apenas inteligência artificial.
Embora a inovação da DeepMind chegue atrasada para o coronavírus, entender melhor o funcionamento de proteínas levará um mundo mais apto a lidar com uma pandemia no futuro, acelerando o desenvolvimento de medicamentos ou até mesmo melhorando a aplicação dos remédios já existentes.