Um estudo elaborado pelo Boston Consulting Group em parceria com o MIT Sloan Management Review (MIT SMR) mostra que enquanto 84% de líderes globais acreditam que a Inteligência Artificial Responsável (IAR) deve ser uma das prioridades da alta gestão, porém somente 25% destes têm programas maduros da tecnologia.
O relatório é baseado em uma pesquisa global com mais de mil executivos de 22 setores e 96 países, líderes de organizações que faturam mais de US$100 milhões anualmente. O documento ainda conta com análise e insights coletados em um painel internacional com mais de 25 especialistas em IA.
O termo “Inteligência Artificial Responsável” é definido como uma estrutura com princípios, políticas, ferramentas e processos para garantir que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e operados a serviço do bem, para as pessoas e sociedade, enquanto ainda possibilitam um impacto de negócios transformador.
O relatório, feito para avaliar o grau em que as organizações abordam o IAR, mostra que quase um quarto dos entrevistados relatou que sua empresa sofreu alguma falha de inteligência artificial, desde lapsos técnicos até questões de maior potencial, como vazamento de dados.
Apesar da clara necessidade de uma inteligência artificial responsável, menos de um quarto das organizações ouvidas pelo BCG contam com um programa implementado, que busque abordar os riscos da tecnologia e o impacto nas pessoas de forma proativa.
A adoção corporativa de inteligência artificial tem sido rápida e abrangente em organizações de todos os setores. O relatório de 2019 do MIT SMR e do BCG sobre IA e estratégia de negócios descobriu que 90% das empresas pesquisadas investiram na tecnologia.
Já a adoção da IAR, por outro lado, foi limitada, com pouco mais da metade dos entrevistados da pesquisa de 2022 (52%) relatando que suas organizações têm um programa IAR em vigor. Destes, a maioria (79%) relata que a implementação do programa é limitada em escala e escopo.
Mais da metade dos entrevistados citou a falta de experiência e talento em IAR (54%), e a falta de treinamento ou conhecimento entre os membros da equipe (53%) como os principais desafios que limitam a capacidade de sua organização de implementar novas iniciativas.
A pesquisa mostra, ainda, que 16% dos entrevistados adotaram uma abordagem mais estratégica para a IAR, investindo o tempo e os recursos necessários para criar programas abrangentes de responsabilidade. Esses líderes têm características distintas em comparação com os 84% restantes da pesquisa, e são menos propensos a experimentar falhas de IA do que as demais organizações.
Fonte: Decision Report