A liberação do 5G standalone na cidade de São Paulo foi antecipada e deverá ocorrer nesta quinta-feira (4) segundo Moisés Moreira, vice-presidente da Anatel e presidente do Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência).
A capital paulista ainda não tinha aval para o 5G porque metade de cerca de 890 antenas estava sem filtros para evitar a interferência de sinal, mas a instalação dos equipamentos foi feita em uma força-tarefa na semana anterior.
O 5G funciona na faixa de frequência de 3,5GHz, antes ocupada pelas empresas de satélite. A frequência é como se fosse uma avenida por onde as teles podem trafegar seus sinais, fora delas, ocorrem as interferências.
A previsão era que Goânia (GO), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ) recebessem a tecnologia antes. A deliberação sobre estas cidades deverá ocorrer na semana que vem.
São Paulo será a quinta cidade a contar com o sinal 5G, que começou em julho em Brasília, e foi estendido para Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa.
De acordo com Moreira, a regra definida pelo edital do leilão era instalar uma antena a cada cem mil habitantes e as operadoras instalaram o dobro do exigido.
Apesar do grande interesse das operadoras pelo novo serviço ainda há dificuldades no início da prestação do serviço e a Anatel ainda não pode enquadrá-las pela qualidade.
Em Brasília, o serviço ainda é instável e com as velocidades prometidas oscilando, se equiparando com às do 4G muitas vezes, devido à falta de cobertura na capital brasileira.
Outra dificuldade é que existem poucos modelos de celulares que funcionam com o 5G puro, a tecnologia standalone. O tempo de resposta para recebimento de dados com a rede standalone é inferior a 1 milisegundo. Enquanto as outras tecnologias tem um tempo de resposta maior.
Fonte: Folha de S. Paulo